Wednesday, August 24, 2005

Até mais e obrigado por todo o peixe.

Seu cérebro nunca cessa de funcionar. Quando o faz, você já era. Seria ele então a mais importante parte formadora de você ou de mim? O seu cérebro forma todos os seus pensamentos. Tudo o que você gosta, tudo o que você cria, tudo o que você aprende, nasce e termina nele. O mundo que você conhece está preso nesta sua caixa. Seus nervos óticos, suas papilas gustativas, seu tímpano, seus bulbo ofativo capturam o mundo a sua volta, mas esse mundo só vai ser decodificado nessa sua caixa de massa cinzenta. Como dizer então que o mundo está a sua volta? Como dizer que seu cérebro não te enganou desde o principio e que você está para sempre preso nesta realidade apresentada por ele?

Pelo seu cérebro passam milhões e milhões de pensamentos a todo momento. De todos eles, grande parte deles você nem percebe que pensou, um outro bom pedaço é excluido da linha de raciocínio por não dizer nada sobre o assunto principal, alguns acabam quebrando o pensamento principal e o atrapalhando e só a menor parte de tudo o que você pensa é realmente útil.

A sabedoria popular diz que de boas intenções o inferno está cheio e para muitos o que realmente mostra você para os outros são suas ações, não o que você diz ou pensa. Como não dizer então que o cérebro é superestimado? Como não dizer então que pensar quase sempre mais atrapalha do que ajuda? Como não concordar que o seu cérebro é seu maior inimigo?

Viva o seu corpo. Aproveite-o, exercite-o. Ele é a sua exteriorização e isso é tudo que o mundo recebe de você.

Há algum tempo atrás, três povos, três nações, se uniram sob a visão de três senhores distintos e através de seus povos apaixonados exteriorizaram a idéia, o pensamento, de um mundo melhor. Eles podiam estar errados, como veio a se perceber depois, mas eles revolucionaram o mundo de muitas maneiras e desdobramentos de suas descobertas ainda acontecem nos mais diferentes campos. Se eles não houvessem se encotrado e exteriorizado suas idéias, quem sabe o que poderia acontecer? O mundo provavelmente seria um lugar melhor para se viver, mas diferentes ciências ainda estariam engatinhando e haveria lacunas muito maiores e muitas perguntas sem resposta.

Novamente um alemão, um italiano e um japonês se unem para exteriorizar suas ideias. Quem sabe o que pode acontecer desta vez? O universo é o limite.

Será?

Saturday, August 20, 2005

A Lenda do Silêncio

Há algum tempo atrás, em um lugar não muito distante, se encontraram três senhores iluminados e aparentemente bastante distintos: um era japonês, o outro era italiano e o terceiro era alemão. Esses três, apesar de suas origens e aspectos distintos, apresentavam muitos traços em comum, e por isso ficaram conhecidos como a “Tríplice Aliança” (e posteriormente foram chamados de “Eixo”). A estória que venho apresentar aos senhores hoje, se passa um pouco antes dessa aliança, e é conhecida como a “Lenda do Silêncio”. Acredita-se que os acontecimentos narrados aqui tenham dado início a vários conflitos, e que suas conseqüências perduram até hoje.
Deixando de lado as conseqüências e voltando aos fatos, estavam os três reunidos em um bar, quando um deles, diante dos terríveis fatos que estavam acontecendo, disse: “Façamos um minuto de silêncio.” Os outros dois, apesar de um pouco surpresos, refletiram um pouco e concordaram com o pedido. E assim que os três iniciaram o “Minuto de Silêncio” um fato extraordinário aconteceu, uma onda de quietude e silêncio encobriu tudo que estava em volta dos três. Os três olharam em volta e não ouviam nada, o bar onde eles estavam calou-se. Saíram então na rua e, surpresos, perceberam que as pessoas lá fora, os pássaros, o vento, os carros, tudo tinha parado de fazer barulho como se todos concordassem com aquele “Um Minuto”. Ficaram radiantes, contentes de verdade, emocionados como crianças, e saíram pulando (em silêncio é claro) até que o “Um Minuto” passou e o mundo voltou a seu barulho natural.
Os três então se olharam maravilhados e saíram cantando, até que um deles, o mais quieto, que ainda estava intrigado com o fenômeno e parecia procurar uma explicação para ele, disse:
“É..., acho que ás vezes, o verdadeiro silêncio está em nossos ouvidos, e não em nossa boca.”
E os três se calaram novamente.